A partir de 2019, todo dia 22 de julho de cada ano será lembrado como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A proposta é que nesta data sejam promovidos nas escolas estaduais debates, seminários e palestras sobre o tema. O projeto de lei é da deputada Cristina Silvestri (PPS). De acordo com a parlamentar, o trabalho de prevenção ao homicídio de mulheres deve começar nas salas de aula.

O Mapa da Violência Contra a Mulher de 2018, da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Câmara dos Deputados, revelou que entre janeiro e novembro do ano passado, foram registradas 15mil e 925 notícias de assassinatos de mulheres em todo o Brasil motivados por discriminação por ela ser mulher. 95% dos assassinos eram maridos, namorados ou ex-companheiros.

No Atlas da Violência de 2018, o Paraná aparece como o primeiro estado brasileiro em crescimento acima de 40% nos registros de feminicídios. 61 mulheres morreram no estado.

A advogada Tatiane Spitzner, entrou pra esta triste estatística. Ela foi morta em 22 de julho do ano passado em Guarapuava. O Ministério Público acusou o marido dela, Luís Felipe Manvailer, pelo crime. A data escolhida pela deputada Cristina Silvestri para ser o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio é em homenagem à Tatiane Spitzner.

Para a presidente da Comissão de Estudo sobre Violência de Gênero da OAB-PR, Helena de Souza Rocha, a data será lembrada com políticas públicas de enfretamento à violência contra a mulher.

Por meio de projetos de lei, os deputados estaduais estão fortalecendo ações preventivas para inibir crimes praticados contra a mulher, como afirma a deputada do PT, Luciana Rafagnin.

O texto que institui o dia 22 de Julho como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio foi encaminhado para sanção do governador Carlos Massa Ratinho Junior.