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38º Romaria de Nossa Senhora Aparecida

Neste sábado, 12 de outubro de 2019, acontece a 38ª Romaria ao Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, em Santa Isabel D’oeste/PR. O tema de reflexão e oração para este é “com Maria somos escolhidos e enviados em missão”, em sintonia com o Mês Missionário Extraordinário e o Sínodo para a Amazônia. A referida Romaria foi preparada pela Novena, com peregrinação da Igreja Matriz ao Santuário. Muitíssimos os devotos marianos que peregrinaram nestes últimos dias rezando, cantando, agradecendo graças e bênçãos recebidas. São dias extraordinários para celebrar a vida, a história, as lutas, desafios, conquistas e perspectivas do nosso povo, diz o Pe. Vagner Reitz, Reitor do Santuário.

 

“A minha alma glorifica o Senhor” (Lc 1, 46)

Seguimos, pois o pensamento do Papa Francisco sobre o louvor merecido a Maria, Mãe de Jesus e nossa. É impossível falar de gratidão e encorajamento sem contemplar Maria. Ela, mulher do coração trespassado, ensina-nos o louvor capaz de abrir o olhar para o futuro e devolver a esperança ao presente. Toda a sua vida ficou condensada no seu cântico de louvor que somos convidados, também nós, a entoar como promessa de plenitude.

Sempre que vou a um santuário mariano, gosto de “ganhar tempo” contemplando e deixando-me contemplar pela Mãe, pedindo a confiança da criança, do pobre e da pessoa simples que sabe que ali está a sua Mãe e pode mendigar um lugar no seu regaço. E enquanto A contemplo, apraz-me ouvir mais uma vez como o índio João Diego: “Que tens, meu filho, o mais pequenino? O que é que entristece o teu coração? Porventura não estou aqui Eu, que tenho a honra de ser tua mãe?”.

Contemplar Maria é voltar “a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. N’Ela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentir importantes”

Se alguma vez o olhar começar a insensibilizar-se ou sentirmos que a força sedutora da apatia ou da desolação quer criar raízes e apoderar-se do coração; se o gosto de nos sentirmos parte viva e integrante do Povo de Deus começa a incomodar-nos dando-nos conta de ser impelidos para uma atitude elitista, não tenhamos medo de contemplar Maria e entoar o seu cântico de louvor.

Se alguma vez nos sentirmos tentados a isolar-nos e fechar-nos em nós mesmos e nos nossos projetos protegendo-nos dos caminhos sempre poeirentos da história, ou se o lamento, a queixa, a crítica ou a ironia tomam conta das nossas ações sem querer lutar, esperar e amar, olhemos para Maria a fim de que limpe os nossos olhos de toda a “palheira” que nos possa impedir de estarmos atentos e despertos para contemplar e celebrar a Cristo que vive no meio do seu Povo. E se virmos que não conseguimos caminhar direito, que nos custa manter os propósitos de conversão, digamos-Lhe como A suplicava, quase com cumplicidade, aquele grande pároco e poeta: “Esta tarde, Senhora, a promessa é sincera. Mas, pelo sim e pelo não, não Te esqueças de deixar a chave por fora”. Ela “é a amiga sempre solícita para que não falte o vinho na nossa vida. É aquela que tem o coração trespassado pela espada, que compreende todas as penas. Como Mãe de todos, é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça (...). Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus”.

Pedimos, hoje, à Maria de Aparecida: Intercedei por nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, o vinho novo da alegria e paz, que ofereceu sua vida em favor de todos. Rezemos pelo nosso amado Papa Francisco e todos os mais de trezentos membros do Sínodo para a Amazônia, em Roma.

 

Dom Edgar Ertl Bispo da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão

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