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Memoria póstuma a Sirlaine Ducatti

A professora Sirlaine Ducatti partiu para a Casa do Pai nesta última quarta-feira, dia 1º de junho de 2022. A Rádio Vicente Pallotti publicou seu testemunho de vida em outubro de 2019. Segue abaixo a reportagem que também foi publicada na Revista Rainha dos Apóstolos.

Professora Ducatti

A professora aposentada Sirlaine Ducatti, 60 anos, de Coronel Vivida (PR), há 35 anos é portadora de Esclerose Múltipla (E.M). Gradativamente a doença avançou e a deixou totalmente incapacitada, tendo todos os movimentos de seu corpo paralisados, necessitando de ajuda 24 horas por dia. Ela é alérgica aos medicamentos para tratamento dessa doença e não pode fazer uso de nenhum deles.

No decorrer destes anos ela teve outras complicações na saúde, como, por exemplo, em 2017 teve um quadro de desidratação e desnutrição severas. Hoje faz uso de sonda endogástrica, para poder se alimentar.

Em 2018 foi diagnosticada com Neuralgia Trigêmeo, considerada uma das piores dores que existe. Por cinco vezes contraiu pneumonia. A última delas há menos de dois meses. Logo em seguida derrame pleural. Sofre as consequências disso até hoje. Apesar disso, sem falar das crises da E.M. que acometeram ao longo desses 33 anos.

Apesar de todas as consequências ela não se entrega ao desespero e as lamurias. Luta pela vida todos os dias. Não desanima. “Sou uma pessoa muito feliz. Procuro sempre sorrir e nunca reclamar. Sempre me perguntei: “Pra que meu Deus? E nunca por quê?”, afirma.

Enquanto uns querem tirar a própria vida, outros tentam aprovar leis a favor do aborto, mas ela procura viver intensamente cada momento. “Não deixo de valorizar a vida, agradecendo a Deus cada minuto da minha existência.  A vida é um dom de Deus sim, e ninguém tem o direito de tirá-la”, frisou.

Referência familiar

Seus pais, Vergínio e Adele Carboni Ducatti, tiveram quatro filhas. A família é muita religiosa e participante da comunidade, o que ajudou na aceitação das incapacidades que a doença ia causando a Sirlaine. “No início essa aceitação foi difícil, pois eu era uma jovem e cheia de vida, recém-casada e com um filho. Trabalhava como professora, sempre muito feliz”, lembrou Sirlaine.

Seu filho sempre foi um grande companheiro e desde criança acompanhou a situação de saúde da mãe, dando valor à vida. Conta ela, ainda que no seu dia-a-dia recebe muitas visitas e fica muito contente em ver que as pessoas percebem nela uma força de viver, a fé, a coragem e o ânimo, sentindo-se fortalecidos para enfrentar os problemas diários.

Para os familiares e todas as pessoas que a visitam percebem que ela está sempre de bem com a vida, apesar das dificuldades, acreditando que seu amigo fiel, Jesus, está cuidando de dela. E confidencia: “Rezo muito, acompanho a missa diariamente. Tenho meu coração cheio de gratidão a Deus pela minha família, pelos amigos, vizinhos, funcionários e a todas as pessoas. Procura passar para as pessoas bons sentimentos. Nisso entende que esta é sua missão confiada Deus. Como disse São Pio: “Tenha Jesus Cristo em seu coração e todas as Cruzes serão rosas".

Sua irmã, Marilaine Ducatti, que convive e acompanha diariamente, afirma: “Ela tem momentos de dor, mas também horas de entusiasmo e de muita alegria. Posso testemunhar como é importante a valorização da vida e o dom da fé que ela transmite para nós”.

Esta é mais uma história de superação da dor e da doença pela força da fé e o desejo de viver. Muitas pessoas com boa saúde e com bons recursos financeiros reclamam da vida, mas a professora Sirlaine é um exemplo de que a vida, apesar tudo, com seus autos e baixos, deve ser valorizada em quaisquer circunstâncias.

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