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Exame do IML indicará se restos mortais encontrados em cemitério de Pato Branco são da costureira beltronense Marli Frizanco.

Mesmo com o julgamento e condenação de José Frizanco, o corpo de Marli nunca foi encontrado.

O autor do assassinato de Marli Silva Frizanco, José Frizanco, de 60 anos já foi condenado pelo Tribunal do Júri em Francisco Beltrão, a uma pena de 30 anos e 8 meses de prisão. Agora o caso volta aos noticiários no Sudoeste depois de uma família abrir uma sepultura no cemitério do Bortot, em Pato Branco e ter encontrado restos mortais de um cadáver que não seria da família.

Um ouvinte da Rádio Onda Sul, em Francisco Beltrão, teria informado que os restos mortais encontrados na sepultura seriam da costureira Marli Frizanco, cujo corpo nunca foi localizado desde seu desaparecimento em junho de 2016. O delegado Helder Lauria comentou o caso.

Os restos mortais serão encaminhados para exame de DNA. “É difícil que a história se confirme, mas vamos encaminhar os restos mortais para o Instituto de Criminalística de Curitiba, vamos aguardar”, afirmou o delegado-chefe da 5ª SDP. Ele disse que entrou em contato com a delegacia de Francisco Beltrão para fazer os procedimentos. Como o corpo estava numa caixa, quem o colocou teve que esperar a decomposição.

Relembre o caso

José Frizanco sempre negou ser o responsável pelo “desaparecimento” de Marli, alegando que não tinha motivos para isso, pois se relacionava “muito bem” com ela e com os demais familiares. Só que sua versão não convenceu ao júri. Ele foi condenado e cumpre pena na Penitenciária de Francisco Beltrão.

No dia 29 de junho de 2016, o genro do casal informou que saiu da casa por volta das 7h45, lá permanecendo apenas Marli e José. Já por volta das 9h, quando uma das filhas voltou para pegar as chaves do carro, José se negou a abrir o portão, obrigando-a a se deslocar de carona com um vizinho para o trabalho. Foi apurado que José só retornou pra casa por volta das 18h, embora tenha dito no primeiro depoimento que tinha retornado às 14h e, quando indagado sobre a esposa, respondeu: ‘deve ter fugido com o Ricardão”.

Em seus depoimentos, era comum Frizanco entrar em contradição, motivo que levantou forte suspeita contra si. Primeiro informou aos policiais civis que no dia do desaparecimento de Marli, teria se deslocado até a cidade de Salto do Lontra, mas quando questionado o local exato onde foi e quem teria visitado, voltou atrás passando então a dizer que na verdade não conseguiu chegar a Salto do Lontra porque o seu carro estragou nas proximidades da Sadia.

Foi então questionado pelos investigadores - que lhe disseram que iriam checar as câmeras -, voltou atrás novamente e falou que o carro estragou ali na frente da UPA. Novamente foi informado pelos policiais que seriam requisitadas as imagens das câmeras de segurança, voltou atrás uma vez mais e passou a dizer que o carro estragou antes do Detran.

Foi então questionado quem o socorreu, ressaltou que ele mesmo consertou o veículo, e quando questionado o que fez após, disse que ficou rodando pela cidade. O júri popular teve dois dias de duração, dias 14 e 15 de junho de 2018. Ao final, o réu José Frizanco, foi condenado a 30 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pela morte e ocultação do corpo da esposa, Marli Frizanco.

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