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Mulher de 105 anos diabética e hipertensa sobrevive à Covid em Manaus

Dona Arminda Santos é a brasileira mais velha a se curar da doença.

Considerada a brasileira mais velha a se recuperar da Covid-19, a amazonense Arminda Santos, 105 anos, recebeu alta da enfermaria da Fundação Doutor Thomas, da Prefeitura de Manaus, na última sexta-feira (29/6). Além dela, outros 14 idosos da instituição que haviam sido diagnosticados com a doença, com idades a partir de 62 anos, receberam alta, zerando o número de internações.

Dona Arminda vive sob os cuidados do asilo há 34 anos. Além de idosa, é hipertensa e diabética, mas nem assim o vírus foi páreo para ela, que se recuperou após passar um mês internada, recebendo suporte de ventilação não-invasiva e medicação. Inclusive, ela completou 105 anos no dia 12 de maio, quando já estava internada, e ganhou festa de aniversário realizada pelos funcionários da instituição. Mas comemoração de verdade ocorreu quando Dona Arminda recebeu alta da enfermaria, com direito a música e palmas da equipe médica, e pôde retornar ao seu quarto individual no pavilhão.

“O caso da dona Arminda, que se torna a pessoa mais idosa a vencer a Covid-19 no Brasil, é motivo de muito orgulho para a Fundação Doutor Thomas. Estou imensamente feliz e grata”, disse a diretora-presidente da fundação, Martha Moutinho, em comunicado à imprensa. 

O Amazonas atualmente é o quarto estado mais afetado pela pandemia no país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. O estado registra um total de 41.774 casos confirmados e 2.071 mortes. O total de infectados no Brasil é de 560.737, vítimas já soma o montante de 31.417. 

A contaminação em asilos preocupa especialmente os especialistas pela idade das pessoas contaminadas e pela facilidade de transmissão do vírus. No interior de São Paulo, mais de 20 mortes em instituições do gênero foram causadas pelo novo coronavírus e 33 funcionários de asilos foram diagnosticados com a doença, o que gerou isolamento ainda mais intensificado dos idosos e a transferência de 30 internados para hotéis do estado. A cidade com o maior número de óbitos em casas de repouso é Piracicaba, que totaliza 11 óbitos do tipo. 

Com a recuperação, Dona Arminda entra para o seleto clube dos centenários que sobreviveram à Covid-19, que inclui o cearense Diolindo Ferreira Neto, 102 anos, a norte-americana Angelina Friedman, 103, a mesma idade de uma iraniana que recebeu alta no início da pandemia, além de María Branyas, 113 anos, considerada a mulher mais velha da Espanha.

Exemplos como estes mostram como a esperança nunca deve ser perdida, e enquanto houver desejo de viver, a possibilidade de recuperação é imensurável. 

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