logo

Municípios da região Sudoeste estão na rota da febre amarela

Técnicos da 7ª Regional de Saúde percorrerão na próxima semana os municípios  de  Chopinzinho, Saudades do Iguaçu e Sulina. Durante a expedição observarão  as matas  para detecção de macacos infectados pela febre amarela. A preocupação aumentou após a confirmação pelo laboratório da presença da doença, com a confirmação da causa da morte de um animal no interior de Mangueirinha, na mesma região. O animal, que é vítima do mosquito transmissor da febre amarela, foi encontrado morto na região da Fazenda Machado, no final de abril.

Conforme o biólogo da 7ª regional de saúde, Miguel Rotelok Neto, os casos suspeitos de febre amarela na região já vinham sendo acompanhados. Explicou que os principais rios do Estado servem como um corredor. Nas regiões Sul, Centro-Sul e Sudoeste do Paraná,  ao longo do Rio Iguaçu tem se constatado a morte de macacos infectados pela febre amarela. Para Rotelok, considerando a dispersão da doença, os próximos municípios a terem registros ou suspeitas de febre amarela são Chopinzinho, Saudades do Iguaçu e Sulina, até chegar ao Paraguai. Ressaltou que os outros municípios com grandes áreas de florestas nativas, como Palmas, Bituruna e Coronel Domingos Soares devem ficar vigilantes.

Esclareceu que inicialmente a doença tem seu foco inicial na região de Ponta Grossa seguindo o percurso do Rio Iguaçu, União da Vitória, até chegar à região Sudoeste. ” Os rios são como rodovias da natureza onde os primatas e outros animais tendem a seguir seu curso, o que foi confirmado desde que apareceram os primeiros casos de febre amarela no Paraná”, informou

Além das ações nos municípios, a 7ª Regional de Saúde intensifica a mobilização para a vacinação da população contra a febre amarela.Quem tem entre 9 meses de idade e 59 anos e nunca tomou a dose deve se vacinar, a vacina está disponível em todo estado.

O vírus da febre amarela é transmitido ao homem através da picada de fêmeas de
mosquitos infectadas. Esses mosquitos são chamados de Haemagogus e Sabethes, vivem em área de mata, principalmente nas copas das árvores.

O alerta das autoridades sanitárias é que macacos não transmitem a febre amarela, eles são vítimas da doença. Os mosquitos transmissores  precisam se alimentar de sangue para sobreviver e colocar seus ovos e acabam se alimentando do sangue dos macacos que também vivem no alto das árvores para alimentar-se.

Uma fêmea de mosquito infectada com o vírus, ao picar um macaco, acaba transmitindo o vírus ao animal, que
adoece. E as fêmeas de mosquitos não infectadas quando picam um macaco doente, adquirem o vírus e passam a transmiti-lo para outros macacos. O  homem ao entrar na mata,para trabalhar, passear, ou realizar outro tipo de atividade, pode ser picado por uma
dessas fêmeas de mosquito infectadas e adquirir a doença.

Topo