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Entenda o que é TikTok, a rede social com mais downloads no mundo

Aplicativo de vídeos curtos proliferou durante a quarentena e causou reviravolta na política norte-americana. 

Nenhuma rede social foi tão falada e repercutiu tanto quanto o TikTok desde o Snapchat, um aplicativo de 2011 para troca de imagens que inspirou o modelo de stories do Instagram. 

Mas o que é o TikTok e por que é importante estarmos a par do fenômeno que ele representa?

Trata-se de uma plataforma para criação, edição e compartilhamento de vídeos curtos, em média de 15 segundos, como o Snapchat e o Instagram. 

A nova rede social, que é de origem chinesa, viu seu número de usuários triplicar durante a quarentena, ultrapassando 1,5 bilhão de downloads. Só no primeiro semestre de 2020 foram 315 milhões de downloads (107 milhões apenas no mês de abril), o que por enquanto faz do TikTok o aplicativo mais baixado do ano. A ferramenta está disponível para usuários de smartphones Android ou iOS (o sistema operacional da Apple).  

A plataforma ficou tão popular que já é possível acompanhar vídeos que parecem grandes produções, estrelados por celebridades como os norte-americanos Britney Spears, Will Smith e Jack Black ou os brasileiros Sabrina Sato e Renato Aragão.

A rede, inclusive, atrai grandes marcas, como Coca-Cola, Pizza Hut e Burger King, que pagam cachês astronômicos para influenciadores digitais divulgarem seus produtos. Grande parte das personalidades do universo digital, que ganharam fama por meio de Instagram, Facebook e YouTube, também aderiram ao TikTok. 

O conteúdo dos vídeos, como os das demais redes sociais, tende a mostrar o cotidiano banal, com pessoas revelando suas casas ou desempenhando tarefas do dia-a-dia. Também são comuns vídeos com receitas culinárias e, claro, muito humor.

A principal diferença é que o TikTok dispõe de uma enorme gama de filtros, efeitos e recursos fáceis de aplicar. É possível fazer cortes, incluir trilha sonora, sincronizar imagens etc., sem grandes conhecimentos na área.

Pelo sucesso inicial com o público jovem, o TikTok é tido como um refúgio do debate político que tomou conta das demais redes sociais. Esta vocação talvez não dure muito, já que o aplicativo foi usado para mobilizar, ou melhor, para desmobilizar os apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No último dia 20, Trump apareceu para um comício no estado norte-americano de Oklahoma, sua primeira aparição pública visando a reeleição no fim do ano. Era esperado 1 milhão de pessoas. No entanto, o enorme ginásio, que inclusive sofreu adaptações para acomodar tanta gente, não recebeu mais que 19 mil indivíduos, o que foi repercutido pela imprensa como um grande fiasco na candidatura de Trump. O movimento de “desmobilização” começou pelos fãs de K-Pop, um gênero musical popular coreano, que utilizaram o TikTok para promover uma inscrição massiva de jovens que não tinham intenção de comparecer no comício. A ação viralizou na rede social e o resultado foram milhares de lugares vazios. 

Assim como o Facebook teve papel primordial em tantos movimentos políticos como a Primavera Árabe, Occupy Wall Street e até o nosso Junho de 2013, o TikTok agora começa a mostrar o seu poder de alcance e mobilização.

Ainda é cedo para dizer se o aplicativo chegará ao mesmo patamar dos seus antecessores, mas, que até lá, bilhões de pessoas irão usá-lo como passatempo e fonte de entretenimento, já é um fato.

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