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Empresários fazem carreata pelas ruas de Pato Branco em prol da reabertura imediata do comércio

Descontentes com o lockdown imposto pelo decreto nº 6.983, de 26 de fevereiro de 2021, assinado pelo governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, os empresários de Pato Branco circularam pelas ruas centrais da cidade, em carreata, na tarde dessa quarta-feira (3), para pressionar a administração municipal a flexibilizar as medidas e permitir a reabertura imediata do comércio.

O decreto determinou o fechamento de estabelecimentos comerciais não essenciais em todos os municípios do Paraná, da meia-noite do dia 27 de fevereiro até às 5h do dia 8 de março. Segundo o documento, o lockdown poderá ser prorrogado dependendo do comportamento da pandemia no território paranaense durante esse período.

Manifestação

Os coordenadores do grupo de empresários, que se organizou via whatsapp, determinaram regras para que a manifestação ocorresse pacífica e ordeira, e isso incluía o uso de máscara o tempo todo, inclusive dentro dos veículos; uso de álcool gel; permanecer dentro dos carros para evitar aglomerações; protestar utilizando o pisca alerta e não as buzinas, principalmente próximo a hospitais

“Quanto mais silêncio melhor. Vamos fazer um ato bem fúnebre. Não podemos fazer aglomerações de pessoas. Além de dar bom exemplo, temos que nos cuidar, a pandemia existe”, salientaram no grupo.

Ainda não há um número preciso de veículos que participaram da carreata, mas foram centenas. Os organizadores estimam que tenha sido uma das maiores carreatas feitas em Pato Branco, principalmente por ter sido “um movimento sem partido político, todos unidos pelo comércio, seu trabalho, sua empresa, seu emprego”.

Porém, mesmo com as instruções dos organizadores, muitos empresários insistiram em buzinar nas ruas centrais, onde há hospitais, com o intuito de chamar mais atenção para o movimento, mas foram repreendidos pelos próprios manifestantes através do grupo de whatsapp.

Rota

Os empresários se reuniram às 14h na reta do pinheiro, na rua Tocantins, próximo ao bairro São Francisco, zona norte de Pato Branco, e seguiram sentido Posto 6 Rodas, zona sul, retornando ao centro pela avenida Tupi, parando para manifestar em frente à prefeitura, de forma pacífica.

Os manifestantes foram orientados a trajarem os uniformes das empresas ou roupas pretas, simbolizando o luto do comércio. Também, a levarem cartazes dizendo que precisam trabalhar para salvar os empregos das famílias, pois todo o trabalho é essencial.

Outra indicação era escrever “Luto pelo meu comércio” nos vidros dos carros, assim como “Meu trabalho também é essencial”, “Abertura das escolas”, “Pandemia x Economia”, “O comércio está de luto”, entre outras frases.

Pronunciamentos

A manifestação se dispersou próximo das 16h. Desde então os empresários aguardam o pronunciamento do prefeito Robson Cantu, que até o fechamento dessa reportagem preferiu não se manifestar.

Alguns empresários planejam outras ações mais severas caso não haja pronunciamento do prefeito nas próximas horas.

Entre os questionamentos que a reportagem do Diário do Sudoeste fez à assessoria do prefeito é se o Executivo foi procurado pelos empresários para negociar uma alternativa antes de realizarem a carreata, assim como se há amparo legal para o Município flexibilizar um decreto estadual e se há como o Município oferecer ajuda ao comércio local reduzindo taxas ou estendendo prazos, mas não foram emitidas respostas oficiais.

Um dos representantes do grupo, Diógenes Lanzarin, disse ter ficado surpreso com a adesão dos empresários ao movimento e que eles conseguiram passar o recado. “Agradeço o engajamento de todos e vamos aguardar a manifestação do prefeito. Nosso slogan é ‘todo o trabalho que leva comida à mesa é essencial’”, destacou.

Carta Aberta

Segundo o presidente da Associação Empresarial de Pato Branco (Acepb), Roberto Elias da Silva, a entidade protocolou junto à Prefeitura, nessa quarta-feira (3), a Carta Aberta que divulgou ainda na terça (2).

Representando todo os setores econômicos do município e após ouvir a classe empresarial, a Acepb solicitou ao prefeito Robson Cantu, através do documento, que considere a possibilidade de flexibilização do funcionamento dos diversos setores.

A entidade ressalta que os setores seguirão todos os protocolos de segurança exigidos pela Saúde com o objetivo de conter a pandemia de covid-19 no município.

Reabrir imediatamente o comércio, segundo os empresários, é uma forma de reduzir os prejuízos econômicos que vêm ocorrendo desde o ano passado e possíveis demissões.

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