Segundo a polícia, mãe de 15 anos e pai de 18 anos responderão por abandono de incapaz. Conselho Tutelar acompanha caso, em Dois Vizinhos.
Ao investigar o caso de um bebê abandonado, em Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná, a Polícia Civil identificou a mãe, que tem 15 anos, e o pai, de 18 anos, nesta segunda-feira (20).
Conforme a Polícia Militar, o menino havia sido encontrado por três adolescentes, no sábado (18), em um terreno baldio. Em seguida, eles o levaram ao hospital.
Entretanto, segundo o delegado Joselito Teixeira, a história de que a criança foi achada no terreno foi inventada pelos jovens, que conhecem os pais do bebê.
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“A adolescente grávida escondeu toda gravidez. Quando a criança nasceu, o pai ligou para pedir ajuda para um primo comprar leite. Aí eles disseram que não queriam o filho. Então o primo, a namorada dele e uma amiga levaram o bebê até o hospital. Na hora eles ficaram com medo e acharam, naquele momento, que contar essa história era o melhor a se fazer.”
Conforme o delegado, o casal vive em extrema pobreza e não sabia que é permitido por lei fazer a entrega voluntária de uma criança.
De acordo com o hospital que recebeu a criança, o menino pesa 2,7 quilos e mede 44 centímetros. O atendimento rápido salvou a vida do bebê, que estava com hipoglicemia e agora passa bem.
O pai da criança foi ouvido e liberado, mas responderá por abandono de incapaz, segundo a polícia.
A mãe também responderá por abandono de incapaz, mas em processo especial pela Vara da Infância e Juventude, por ser menor de idade.
Conforme o delegado, a adolescente que entregou a criança também é menor e responderá um procedimento especial por ter conhecimento do abandono de incapaz e ter praticado falsa comunicação.
De acordo com a polícia, a mentira foi descoberta com auxílio do Conselho Tutelar, que ajudou a identificar os pais da criança.
Todos envolvidos prestarão depoimento à polícia, e o casal será atendido pelo Conselho Tutelar.
O bebê deve ser acolhido pela assistência social de Dois Vizinhos, e o caso é acompanhado pela Justiça para definir sobre a adoção do bebê.